Em mais uma sessão do Festival do Rio, que encerrou no último dia 15, assisti a A Guerra dos Sexos. Quando recebi o convite e vi que o filme era protagonizado por Emma Stone e Steve Carell pensei: “não tem como ser um filme ruim”. E estava certa.

Estamos vivendo uma época que muito se fala do empoderamento feminino e se hoje as mulheres vêm ganhando mais espaço, muito se deve às mulheres do passado que lutaram por isso. E a a tenista Billie Jean King foi uma delas.

Já vou avisando que não vou contar toda a história aqui porque, claro, spoiler aqui não tem vez. Mas uma sinopse para você ficar curioso(a) e ir correndo para os cinemas é sempre bem-vinda. 😉

Vamos lá então. Década de 70. A luta pelos direitos da mulher está a todo vapor mas ainda tinha muito por fazer. Muito mesmo. Billie Jean King era uma tenista em ascensão que estava cansada de ver o quanto era desigual o tratamento entre jogadoras e jogadores. Depois de descobrir que um importante torneio iria oferecer um prêmio de 1.500 dólares à vencedora enquanto o prêmio para o melhor jogador seria de 12.000 dólares, resolve confrontar a organização.

Ao escutar os mais variados absurdos, dentre eles que as pessoas preferiam ver os homens jogando por ser mais ágeis e mais fortes, decide boicotar o torneio e criar um próprio.
Nesse meio tempo, Bobby Parker, ex-tenista, quer voltar à cena e para isso, vendo o sucesso de Billie Jean, e pegando carona no movimento feminista da época, pensa, de forma bem oportunista, que ele conseguiria derrotar a jogadora número 1 do momento, mesmo estando aposentado. Tentou convencer Billie Jean mas ela recusa.

Mas, por alguns acontecimentos que não vou mencionar em respeito a lei Anti-Spoiler, Billie Jean acaba aceitando e a luta do século acontece. Bobby é mesmo bem oportunista tanto que ele chama o embate de A Feminista x O Chauvinista.
A forma como a história de A Guerra dos Sexos é contada começa bem lenta e meio morna mas vai ganhando gás e o final é emocionante. Daqueles que você fica apertando o braço da cadeira de nervoso com o resultado. E claro que essa energia toda acontece graças a interpretação sensacional de Emma Stone e Steve Carell. Os dois juntos em cena é uma coisa de outro mundo!
A parte que achei mais interessante foi uma cena entre um repórter e Billie Jean. Enquanto ela ia caminhando, para se preparar para o jogo com Bobby Parker, ele grita, achando que ela ia concordar, que as mulheres são melhores que os homens. Ela olha para ela e diz: “Não. Somos iguais. É por isso que estou lutando. Para que a gente tenha o mesmo reconhecimento e valor”.
A Guerra dos Sexos estreou recentemente nos cinemas brasileiros e vale a pena assistir.